sábado, 2 de abril de 2011




                    A Pitura Barroca
A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada nos retratos no interior das casas, nas paisagens nas naturezas mortas e nas cenas populares (barroco holandês). No norte da Europa, Rembrandt e Vermeer ampliaram os limites do realismo.
Por outro lado, a expansão e o fortalecimento do protestantismo fizeram com que os católicos utilizassem a pintura como um instrumento de divulgação da sua doutrina. Na Itália e na Espanha, a Igreja Católica, em clima de militância e Contra-Reforma, pressionava os artistas para que buscassem o realismo mais convincente possível.
Características da pintura barroca
  • Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
  • Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
  • Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
  • Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
  • A luz não aparece por um meio natural, mas sim projetada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da obra, como acontece na obra "Vocação de São Mateus", de Caravaggio.

Caravaggio

(Caravaggio, Lombardia, 1573 - Porto Ercole, 1610)
 
Pintor italiano. Homem de vida airada, Michelangelo Merisi estuda inicialmente em Milão com o maneirista Peterzano, contra cuja estética reage asperamente. Autodidacta no que se segue, a sua pintura suscita violentas reacções. Mas apesar das críticas dos artistas, o público aprecia as suas telas rugosas, encrespadas de pastosidades e dominadas pelo que a partir dele se chama «tenebrismo». Estabelece-se em Roma até que, obrigado a fugir por se ter envolvido numa sangrenta rixa, se refugia em Nápoles (1606). Percorre o Sul do país perseguido pela justiça até que vai para Malta (1607), onde é recebido na Ordem de S. João. Encarcerado um ano mais tarde por ofensas a um cavaleiro da ordem, consegue fugir para a Sicília e, dali, para Messina (1609). Regressa a Nápoles, até onde o perseguem os seus inimigos malteses, que o deixam gravemente ferido. Amnistiado por Roma, dirige-se a Porto Ercole, onde é detido por erro. Uma vez libertado, morre obscuramente (segundo certas versões, de umas febres).  
A atitude artística deste pintor é de franca rebeldia contra os convencionalismos do momento. O estranho realismo de Caravaggio consiste não em copiar e observar a natureza, mas em contrapor o valor moral da prática ao valor intelectual da teoria.  
O aspecto mais notável da sua obra é o tratamento da luz, que recebe o nome de tenebrismo. Consiste em projectar a luz sobre as formas com violência e em contraste intenso e brusco com as sombras. O seu precoce domínio dos efeitos claro-escuro (Caravaggio morre em 1610) marca o início de uma das grandes conquistas da pintura barroca. Outra característica primordial do estilo de Caravaggio é o naturalismo exacerbado como reacção face ao idealismo renascentista. Naturalismo que, por outro lado, não está em duelo com a grandiosidade da composição.  
A este interesse naturalista respondem quadros de costumes como Mulher a Tocar o Alaúde e Jogadores de Cartas, pintados na sua primeira época. A plenitude do seu estilo encontra-se em cenas religiosas que trata com um naturalismo e um realismo quase insolentes. Tal é o caso de O Santo Enterro e de O Enterro da Virgem. Nesta última obra, a figura da Virgem é inspirada no cadáver de uma mulher afogada no Tibre e com o ventre inchado. A exposição pública deste quadro numa igreja choca com o gosto classicista imperante em Roma, e tem que ser retirado  
A influência de Caravaggio sente-se poderosamente em Itália e no resto da Europa durante todo o século xvii, e os seus seguidores continuam a cultivar o tenebrismo e o naturalismo no século seguinte.


Obras:


Medusa
after 1590; Oil on canvas mounted on wood; Uffizi

The Fortune Teller
1594-95; Canvas; Louvre



Bacchus
c. 1597; Oil on canvas, 37 3/8 x 33 1/2 in; Uffizi, Florence



Judith Beheading Holofernes
c. 1598; Oil on canvas, 56 3/4 x 76 3/4 in; Galleria Nazionale dell'Arte Antica, Rome



Supper at Emmaus
c. 1600-01; Oil on canvas, 54 3/4 x 76 3/4 in; National Gallery, London










                             Velázquez


Diego Rodríguez de Silva Velázquez pintou cerca de cem quadros, obras de grande valor. O seu naturalismo barroco permitiu-lhe captar, como ninguém, o que via. Atingiu um conjunto de conquistas que não encontraria semelhança até ao século 19. Altivo, inteligente, conhecedor da história da arte, retratista da família real, alcançou as honras de cavaleiro da Ordem de Santiago por sua fidelidade à Coroa.

Os pais de Velázquez chegaram a Sevilha no final do século 16. Seu pai era um fidalgo de origem portuguesa e logo percebeu a aptidão do filho para a pintura. Velázquez teve como mestres Francisco Herrera, o Velho, e em 1610 entrou para o ateliê de Francisco Pacheco. Ali permaneceu por muitos anos, obtendo, em 1617, o diploma de pintor e, no ano seguinte, desposando Joana, filha de seu mestre.

Nessa época, suas obras mostram influências do naturalismo de Caravaggio e Pieter de Aertsen. Em 1622 Velázquez foi chamado a Madri para pintar o monarca Felipe 4o após a coroação, pois já eram famosas as suas obras "Velha fritando ovos", "Adoração dos Magos" e "O aguadeiro de Sevilha".

Quando o pintor flamengo Rubens visitou a corte madrilena, o único pintor que desejou conhecer foi Velázquez. Os dois tornaram-se próximos e chegaram a viajar juntos. Rubens estimulou-o a viajar para a Itália, onde permaneceu de 1629 a 1631. Lá descobriu a escola veneziana, e estudou
Ticiano, Tintoretto e Veronese. Pintou "A forja de Vulcano" e "A túnica ensangüentada de José levada a Jacó" (ambas as telas com a influência de El Greco).

Regressando a Espanha em 1631, Velázquez deu início à sua fase mais produtiva. Para o palácio de Bom Retiro fez retratos eqüestres de Felipe 4o e pintou "A rendição de Breda"(1634-1635). Em 1649 retornou à Itália em missão oficial, para adquirir peças para a coleção real espanhola. Antes de voltar a Madri, pintou o retrato do papa Inocêncio 10o (1650), que lhe valeu celebridade internacional, e duas paisagens, ou seja, duas vistas da Vila Médici em Roma.

Em Madri foi encarregado da decoração dos palácios reais. Nessa época pintou os retratos da rainha Mariana e da infanta Maria Teresa (que posteriormente se tornaria rainha da França). Por volta de 1655 pintou "As Fiandeiras" e, no ano seguinte, concluiu "As Meninas", composição que os críticos consideram sua obra-prima, síntese de seu realismo e de seu idealismo.


Obras:





Vénus olhando-se ao Espelho, 1644-48
Esta obra gerou uma certa polêmica na época, pois não era comum retratar nu feminino, nem mesmo de uma figura mitológica.













La Familia de Felipe IV, 1656
Mais conhecida como As Meninas.


















Infanta Margarida da Áustria













Cristo na casa de Marta e Maria (1619)












A Coroação da Virgem



















     
                        Georges de La Tour

Georges de La Tour ou Georges du Mesnil de La Tour (15931652) foi um pintor francês.
A certidão de batismo de Georges de La Tour revela que ele era filho de Jean de La Tour, padeiro, e de Sybille de La Tour, nascida Molian (ou Sybille Molian, de solteira). O casal teve sete crianças ao todo, sendo que Georges era o segundo mais velho da prole. Sobre a juventude e vida estudantil de Georges de La Tour nada se sabe, nem está documentado como é que ele encontrou a vocação de pintor. Ele se casou com Diane Le Nerf em 1618, sendo que ela era filha de um administrador financeiro do Duque de Lorena.Georges de La Tour nasceu no dia 13 de março de 1593 na pacata localidade de Vic-sur-Seille na região de Lorena, na França. Ele faleceu em 30 de janeiro de 1652 em Lunéville, também localizada na mesma área.
Georges estabeleceu seu estúdio na pequena localidade de Lunéville em 1620, pintando quadros predominantemente inspirados no cristianismo e no dia-à-dia de pessoas comuns. Não existe qualquer retrado de Georges de La Tour mas alguns especialistas acreditam que a figura do jogador de cartas trapaceiro em Le Tricheur à l'as de carreau seja um autoretrato.
Georges foi nomeado "Pintor del Rey" em 1638 e, conseqüentemente, a opulência passou a fazer parte de sua vida. Inclusive, está documentado que, mais tarde, já no ano de 1646, alguns cidadãos de Luneville registraram uma reclamação oficial junto ao duque da cidade pois Georges de La Tour "se faz detestar pela população por causa do grande número de cães que possui, como se ele fosse o dono da cidade"... e "que tocam as lebres para dentro da plantação de grãos [de milho? Provavelmente de trigo], pisoteando e arruinando com tudo." Georges de La Tour também foi denunciado várias vezes por ter participado de quebra-paus em Lunéville.

 
Obras:







The Quarrel of the Musicians


















Education of the Virgin, 1640
















Magdalene in a flickering light, 1637











The quarrel of the musicians, 1615


















                       






                     IRMÃOS LE  NAIN                                   
    A corrente realista, que vai dos irmão Le Nain a Chardin, elabora-se nas províncias e em Paris com os pintores do cotidiano influenciados pelo claro-escuro de Caravaggio e pelos mestres realistas e intimistas holandeses. Os primeiros e mais importantes são os irmãos Le Nain.  
Le Nain - nome de três irmãos franceses, nascidos em Laon: Louis (c. 1593-1648); Antoine (1588-1648);  Mathieu (c. 1607-1677). Mantinham um estúdio em Paris. As suas obras são notáveis pela naturalidade e apresentavam cenas bíblicas, vida campesina e burguesa. 
Antoine está mais ligado aos pintores holandeses intimistas ("Os  Jovens Músicos", [Louvre]) ; Louis, o mais famoso, pinta cenas campestres realistas, sem qualquer tentativa de embelezar seus personagens, de expressão psicológica intensa ("A Forja", [Louvre]); "Interior Camponês", c. 1643, [Louvre]); Mathieu, cuja pintura às vezes se confunde com a de Louis, ("Os Vendedores de Frutas" [Louvre]), é de expressão menos intensa e personagens mais amaneirados.
Obras:
                                                
 




A Refeição de Emaús

                                      
 
 





Camponeses Comendo
                                                  
 






 Camponeses do   Interior                                   




Família de Camponeses
                                                                    




Fumantes




                             









                           
                            Tintoretto
Tintoretto
Pintor italiano do final do período renascentista (1518-31/5/1594). Um dos principais representantes do maneirismo da escola de Veneza. Jacopo Robusti nasce em Lucca, mas vive desde a infância em Veneza, e por isso é conhecido como pintor veneziano.
Ainda jovem, ganha o apelido Tintoretto, pequeno tintureiro, uma alusão ao ofício do pai, especialista em tintura de seda. Torna-se pintor em 1539, depois de uma rápida passagem pelo ateliê de Ticiano Seu trabalho é particularmente influenciado por pintores romanos que emigram para Veneza, entre 1530 e 1540, e pela pintura de Michelangelo.
Em 1548 já tem reputação profissional estabelecida com a série de cenas mitológicas no Palácio de Doge, em Veneza. Pinta capelas e palácios com afrescos, entre eles o teto da Igreja Santa Maria Dell'Orto. Em 1564 decora com cenas do Velho Testamento as salas da Irmandade de San Rocco, da qual é membro.
Entre suas produções estão pinturas grandiosas pelas cores e pelos efeitos de luz, como o quadro Crucificação, de dimensões imensas, que influenciam toda uma geração posterior de artistas. A obra mostra Cristo no centro de figuras humanas ofuscadas por luzes que distorcem as cores e aumentam a dramaticidade da cena.
Obras:
                                                 St George And Teh Dragon







  The Origin Of The Milky Way
 
                                           



 Miracle of Mark Freeing Slave 1548



Vênus, Vulcano e Marte (1555)
 
                    
Alegorias (1577)






                         




                            Rembrandt
 Em 1642, o pintor Rembrandt entregou uma obra que pintara sob encomenda. Era a chamada "A Ronda Noturna" (que, hoje se sabe, não era ronda nem noturna). O cliente a rejeitou, acusando o artista de "não ter pintado seu retrato", de ter representado "o cenário de uma ópera bufa" e de ter cobrado um preço "muito alto". Nos debates que se seguiram, o pintor foi enfim acusado de "pintar só o que queria". Talvez por isso, Rembrandt tornou-se um dos mais importantes nomes da história da arte ocidental.

Embora de família humilde, Rembrandt van Rijn recebeu boa instrução. Freqüentou a Universidade de Leiden, mas em 1620 interrompeu os estudos para dedicar-se à pintura. No ano seguinte, foi aprender as técnicas de Jacob van Swanenburg no ateliê desse pintor.

Em 1623, transferiu-se para Amsterdã, tornando-se discípulo de Pieter Lastman. Dois anos depois, pintou seu primeiro quadro conhecido. Voltou para Leiden em 1627, permanecendo quatro anos. Ali, instalou seu primeiro ateliê, iniciando intensa atividade artística. Dessa época datam várias águas-fortes.

Em 1631, estabeleceu-se definitivamente em Amsterdã, obtendo rapidamente grande reconhecimento. No ano seguinte, pintou a famosa "Lição de Anatomia do Dr. Tulp", que lhe rendeu muitas encomendas de retratos e pinturas sacras.

Já famoso, Rembrandt casou em 1634 com Saskia Uylenburgh (com quem teria um filho, Titus). O casal foi morar numa casa confortável no bairro judeu de Amsterdã. O lugar tornou-se centro de reuniões sociais, abrigando um belo acervo de móveis e objetos antigos. Rembrandt passou a ter muitos alunos e muitos clientes ricos.

Saskia morreu em 1642. Três anos depois, Hendryckje Stoffels começou a trabalhar como babá de Titus e foi morar com Rembrandt, tornando-se sua companheira. Em 1654, Rembrandt teve com ela uma filha ilegítima, a quem deu o nome Cornelia. O fato causou grande escândalo.

Em 1656, após uma série de problemas nos negócios, Rembrandt teve a falência decretada. Dois anos depois, todos os seus bens foram vendidos judicialmente. Num desses leilões, arrematou-se o "Auto-Retrato de Barba Nascente", hoje no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Em 1660, Titus e Hendryckje abriram uma empresa para comercializar as obras do pintor, evitando o prosseguimento da falência. Em 1663, Rembrandt perdeu a companheira. Mesmo sozinho, continuou executando várias obras, entre elas paisagens e auto-retratos. Pintou também retratos de Titus; num deles (o quadro "São Mateus e o Anjo", que está no Museu do Louvre), o filho aparece como Mateus.

Titus morreu em 1668. Rembrandt pintou ainda um último "Auto-Retrato", uma composição dramática. Rembrandt van Rijn morreu aos 63 anos, na solidão e na miséria.
 Obras:
                            Jeremias prevê a destruição de Jerusalém - 1630

                                   A Lição de Anatomia do Dr. Tulp - 1632

                                                     








Ronda Noturna- 1642











Aristóteles com o busto de Homero - 1650
                                      


                         
 O banho de Betsabé - 1654
















                                 Veermer
Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.
Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.
É o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante com o uso da luz.
Pouco se sabe da sua vida. Era filho de Reynier Jansz e Dingenum Baltens. Casou-se em 1653 com Catharina Bolenes e teve 15 filhos, dos quais morreram 4 em tenra idade. No mesmo ano juntou-se à guilda de pintores de Saint Lucas (São Lucas). Mais tarde, em 1662 e 1669, foi escolhido para presidir à guilda. Sabe-se que vivia com magros rendimentos como comerciante de arte, e não pela venda dos seus quadros. Por vezes até foi obrigado a pagar com quadros dívidas contraídas nas lojas de comida locais. Morreu muito pobre em 1675. A sua viúva teve de vender todos os quadros que ainda estavam na sua posse ao conselho municipal em troca de uma pequena pensão (uma fonte diz que foi só um quadro: a última obra de Vermeer, intitulada Clio). Depois da sua morte, Vermeer foi esquecido. Por vezes, os seus quadros foram vendidos com a assinatura de outro pintor para lhe aumentar o valor. Foi só muito recentemente que a grandeza de Vermeer foi reconhecida: em 1866, o historiador de arte Théophile Thoré (pseudónimo de W. Bürger) fez uma declaração nesse sentido, atribuindo 76 pinturas a Vermeer, número esse que foi em breve reduzido por outros estudiosos. No princípio do século XX havia muitos rumores de que ainda existiriam quadros de Vermeer por descobrir.
Conhecem-se hoje muito poucos quadros de Vermeer. Só sobrevivem 35 a 40 trabalhos atribuídos ao pintor holandês. Há opiniões contraditórias quanto à autenticidade de alguns quadros.
A vida do pintor é contracenada no filme "Girl with a Pearl Earring" (2004) do diretor Peter Webber. A atriz Scarlett Johansson interpreta Griet, a moça com brinco de pérola.

Obras:
               Cristo na casa de Marta e Maria (1654-1655)
Ficheiro:Jan Vermeer van Delft 004.jpg


 Ficheiro:Jan Vermeer van Delft 002.jpg






A alcoviteira (1656)









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Jovem adormecida (1657)













Ficheiro:Jan Vermeer van Delft 023.jpg









Oficial e moça sorridente(1658)




Ficheiro:Jan Vermeer van Delft 005.jpg






Senhora sentada ao virginal (1672)







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Mulher tocando guitarra (1669-1672)














                         Peter Paul Rubens

                        
    Rubens nasceu na cidade de Siegen, na Vestfália (atualmente uma região da Alemanha), onde seus pais se encontravam exilados por apoiarem a luta dos Países Baixos pela independência da Espanha.
Rubens passou a maior parte de sua vida em Flandres (hoje parte da Bélgica).
   Com a derrota dos separatistas em Flandres e a morte de seus pais, Peter Paul retornou a Antuérpia em 1587.
Interessado em arte, Rubens tornou-se, aos 15 anos, aprendiz de Adam van Noort. Ingressou depois no ateliê de Tobias Verhaeght e finalmente passou a trabalhar com Otto van Veen, o que lhe despertou a admiração pela Itália e pela cultura latina clássica.
Quando alcançou o título de mestre pela Corporação dos Pintores da Antuérpia, Rubens seguiu para Veneza e depois para Mântua, onde o Duque Vicenzo Gonzaga o empregou como seu pintor oficial.
   Rubens viajou e estudou em Milão, Gênova, Florença e Roma, onde observou as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina.
Depois de receber sua primeira encomenda, feita pelo cardeal da Áustria, Rubens foi solicitado a realizar diversas outras obras, principalmente pinturas para igrejas e retratos da aristocracia.  Além de excelente pintor, Rubens era uma pessoa de bom relacionamento e grande simpatia.
  Por essas qualidades, o duque de Mântua o enviou em missões diplomáticas, sobretudo na Espanha. Em Madri, Rubens conheceu a obra de Ticiano e Rafael na coleção real, e recebeu encomendas, como o famoso retrato eqüestre do duque de Lerma, primeiro-ministro de Filipe III.
  Em 1608, Rubens retornou à Antuérpia, onde lhe foi oferecido o cargo de pintor da corte junto aos governantes espanhóis dos Países Baixos, o arquiduque Alberto e a arquiduquesa Isabel, filha de Filipe II da Espanha, que se tornou mecenas e amiga do pintor.
 Rubens trabalhou novamente com seu antigo mestre Van Veen.    Nessa época pintou "Sansão e Dalila". Em 1609, com uma trégua entre Holanda e Espanha, Rubens se casou com Isabel Brant e construiu uma bela casa em Antuérpia.
  Organizou, então, um grande ateliê que até a sua morte chegou a produzir cerca de dois mil quadros. Contava com artistas promissores, dos quais vários se destacaram, como Brueghel e Van Dyck.
  A fama de Rubens atingiu toda a Europa e ele recebeu encomendas de dirigentes como Filipe 3º e Filipe 4º, da Espanha, a rainha-mãe Maria de Médici, da França, e Carlos 1º, da Inglaterra. Pintou "O Rapto das Filhas de Leucipo", "A Derrota de Senaqueribe", "Alegoria de Paz e Guerra" entre outras obras.
    A morte da esposa, em 1626, foi um duro golpe para Rubens. O pintor casou-se novamente em 1630. São dessa fase "O Julgamento de Páris" e "O Rapto das Sabinas".
   Rubens morreu rico e bem-sucedido em tudo o que fez e deixou um imenso legado de arte barroca.




 Obras:

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O jardim do amor, Museu do Prado.






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Retrato de Susanna Fourment, 1625, National Gallery, em Londres.






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Vênus e Adônis, Metropolitan Museum of Art.



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Retrato de Maria Ana de Espanha, Rainha da França.




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A queda de Féton, c. 1604/1605, National Gallery of Art.














                Anton Van Dick   1599 – 1641
 
Anton van Dyck foi um dos retratistas de maior sucesso da história da arte. Suas imagens fascinantes da corte de Carlos I influenciaram artistas de seu tempo e determinaram o curso do retratismo inglês nos duzentos anos seguintes. Brilhante e precoce, foi muito influenciado por Rubens, que o considerava seu melhor discípulo, embora Van Dyck tenha sido mais seu ajudante que um verdadeiro aluno. Acima de tudo um autodidata, ele adquiriu fama na Itália, executando retratos da aristocracia genovesa. De volta a Antuérpia, foi ali também um artista muito requisitado: em seu estúdio, ajudantes e alunos acotovelavam-se com os clientes. Depois de designado pintor da corte de Bruxelas, para a Regente Isabel, foi feito primeiro-pintor do Rei Carlos I, da Inglaterra.”

Poucos artistas foram intimamente tão aristocráticos como Van Dyck, ou tão ambiciosos e sedentos de uma fama que, enfim, ele acabaria por merecer, retratando a nobreza.

Anton van Dyck nasceu em Antuérpia, em 22 de março de 1599; era o último filho de Frans van Dyck e de sua segunda esposa, Maria Cuypers. Seu pai era um próspero comerciante de seda e de especiarias, que começara a vida como vendedor ambulante. Aos 8 anos, Van Dyck perdeu a mãe. Sua educação artística começou na mais tenra idade: em 1609, com apenas 10 anos, já era aprendiz do célebre pintor de figuras Hendrick van Balen (que, na verdade, só lhe deixaria uma pálida impressão). Aos 14 anos pintava quadros admiráveis; aos 15, realizou um auto-retrato digno do pincel de um mestre; aos 16, já havia se instalado num estúdio próprio.
Além de excepcionalmente precoce, Van Dyck era muito ambicioso e, em 1615, deixaria Van Balen para montar seu estúdio, ainda em Antuérpia, contratando dois assistentes. Com isso, porém, ele desobedecia às normas da guilda dos pintores, pois não poderia vender suas obras antes de ser oficialmente qualificado como mestre.
Durante os primeiros anos de Van Dyck, Rubens predominava no cenário artístico de Antuérpia. Seu gênio representava um desafio para qualquer jovem pintor, e isso com certeza estimulou a busca prematura de Van Dyck pela independência e pelo reconhecimento. Teria sido ainda a exemplo de Rubens, igualmente bem-sucedido como diplomata e homem de corte, que Van Dyck se dispôs a adotar maneiras aristocráticas e a cultivar uma imagem de homem refinado. Van Dyck inspirou-se também no estilo de Rubens, assimilando-o com surpreendente facilidade.


Obras:












Sir Anthony Van Dyck
Pintor Flamengo (Barroco)
1599-1641





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Thomas Howard, 2° Conde de Arundel, pintado por Anthony van Dyck, em 1620






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Carlos I em Três Posições, por Van Dyck (1635





Van Dyck com um girassol








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Retrato da Marquesa Elena Grimaldi (1623).












                                 



                             
                                El Greco
Doménikos Theotokópoulos, que se tornaria famoso como El Greco, ‘o Grego’, nasceu em 1541, na cidade de Iráklio, na Vila de Fodele ou Cândia, mais tarde conhecida como Heracléia, na ilha grega de Creta, neste período integrante da república de Veneza e núcleo central do movimento artístico pós-bizantino.

El Greco se tornaria pintor, escultor e arquiteto renomado, e daria um maior impulso à sua carreira na Espanha, mais precisamente em Toledo, antigo centro cultural espanhol, antes da transferência da corte para Madri. Mas foi em Creta que ele deu os primeiros passos na sua trajetória artística. Aí foi possível para o artista tomar contato com o estilo bizantino de pintar ícones, o qual ficaria para sempre gravado em sua memória. Neste mesmo momento ele teve a oportunidade de conhecer melhor as obras clássicas da Grécia Antiga, bem como as latinas, pois sua terra natal era, nesta época, um centro de convergência das culturas ocidental e oriental; os artistas chegaram a se estruturar em guildas de pintores.
Em 1560 ele partiu para Veneza, aos 26 anos, trajeto percorrido praticamente por todos os pintores gregos desta época. Na cidade italiana ele aproveitou para aprimorar sua pintura, adquirindo um traço mais leve e espontâneo, inspirado pelo Maneirismo e pelo Renascimento veneziano. Ao se transferir para Roma, em 1570, ele inaugura um ateliê e concretiza, sob os auspícios do Cardeal Alessandro Farnese, uma série de trabalhos, ao mesmo tempo que realiza estudos sobre a nudez nas criações de Michelangelo.
Nas suas primeiras obras já se percebe a influência da estética de Veneza, principalmente no que diz respeito ao uso da luz, das cores e ao estilo espacial adotado. Mas ele se torna realmente famoso por suas imagens alongadas e distorcidas, tortuosas e impregnadas de um aspecto irreal, graças à constante utilização de uma pigmentação com teor ilusório, fruto da união de duas tradições, a bizantina e a ocidental. Este seu estilo não foi bem aceito e compreendido por seus contemporâneos, mas El Greco foi redescoberto e valorizado no século XX, atuando como prenunciador de movimentos como o Expressionismo e o Cubismo, e inspirando ícones da literatura, como Rainer Maria Rilke e Nikos Kazantzakis. Ele tem uma forma de se expressar tão própria, que os críticos não conseguem enquadrar suas obras em nenhuma das tradicionais escolas artísticas.
Suas criações eram demasiadamente controvertidas na época em que viveu, ao passo que suas representações religiosas eram típicas de um artista dotado de intensa espiritualidade e apurado primor técnico. Seus contemporâneos não estavam preparados para entender suas produções, por essa razão teve apenas dois discípulos neste momento – seu filho Jorge Manuel Theotokópoulos e Luis Tristán.
Em 1577, El Greco partiu para Toledo, na Espanha, aí permanecendo e trabalhando até o dia de sua morte. Nesta localidade ele produziu a maior parte de suas obras, atendendo a várias encomendas e gerando suas pinturas mais famosas. Ele escolheu este local por ser próximo à edificação do Mosteiro do Escorial, atraente pelas inúmeras ofertas de trabalho a pintores italianos.




 
É em Madri que ele se apaixona por Jerónima de las Cuevas, que lhe concede um filho. EmToledoeleexecuta os retábulos da Igreja de Santo Domingo el Antiguo, bem como O Espólio, elaborado de 1577 a 1579, para a Catedral de Toledo. Já para o Escorial ele contribui com o célebre Martírio de São Maurício e de sua legião tebana, realizado de 1580 a 1582. Neste período, porém, suas pinturas totalmente alheias aos padrões convencionais atraem a antipatia de Felipe II, o que o leva a ser afastado do centro de artistas a serviço da corte, provocando seu isolamento completo nesta cidade.
Sua obra então segue três direções: a produção de retratos, que revelam a existência interior dos seres ali representados; a elaboração das imagens de santos e apóstolos; e as paisagens religiosas, nas quais ele revela um estilo próprio, sempre com a presença de imagens alongadas, proporções assimétricas, configurações serpenteantes, cores expressivas e uma intensa energia espiritual.
Ao realizar um trabalho para o Hospital Tavera, El Greco ficou seriamente enfermo, morrendo um mês depois, no dia 3 de abril de 1614, depois de escolher seu filho como herdeiro de toda sua obra. Ele foi enterrado na Igreja de São Domingo o Velho.

Obras:








Cristo Carregando a Cruz


















Coração da Virgem























Cristo













Sagrada Familia
















Anunciação
















 

              Referencia:

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